Marchas Populares de Lisboa: Os últimos foram os primeiros em 2025

Alcântara e Bairro Alto Vencem as Marchas Populares de 2025
Este ano, a Marchas de Alcântara e a marca do Bairro Alto venceram ex-aequo as Marchas de Lisboa. Curiosamente, as duas últimas marchas a desfilarem na Avenida foram as vencedoras do certame, dando razão ao dito popular "os últimos são os primeiros".
O evento de 2025 juntou mais de 1800 participantes, entre marchantes, padrinhos e madrinhas, porta-estandartes, mascotes, aguadeiros, músicos (cavalinho), ensaiadores, responsáveis pelas coletividades e a organização.
Uma vez mais a Avenida foi pequena para estes milhares de pessoas que vieram ver as Marchas desfilar e, que, a uma só voz com os marchantes, cantaram "Alma de Lisboa" - tema central da edição deste ano, com letra e música de Gimba, interpretado por todos os grupos participantes (além das suas próprias músicas).
O grupo da região semi-autónoma chinesa Macau Street Dance, com a Dança da Lanterna do Peixe Dourado, abriu o desfile na Avenida da Liberdade. Seguiram-se a Marcha Infantil das Escolas de Lisboa e as três marchas extra-concurso, nomeadamente: A Voz do Operário, Mercados e Santa Casa.
A seguir veio o momento mais aguardado com as 20 marchas em competição a descerem a Avenida.
As marchas foram, uma vez mais, avaliadas pelo júri presidido por Vítor Agostinho e composto por Bruno Cochat (Apreciação da Coreografia), Daniela Cardante (Apreciação da Cenografia), Catarina Vasques Rito (Apreciação do Figurino), Sofia Hoffmann (Apreciação da Letra), Osvaldo Ferreira (Apreciação da Música) e Leonor Padinha (representante da EGEAC).
Uma curiosidade: No seu 93º aniversário, as Marchas Populares de Lisboa foram reconhecidas como Património Cultural Imaterial, numa candidatura apoiada pela CML.
Imagem: informacao.lisboa.pt
Resultados das Marchas a Concurso
Alcântara e Bairro Alto venceram as Marchas Populares de Lisboa nesta edição de 2025. De notar que em 2024, Alcântara foi também a marcha vencedora e a do Bairro Alto venceu em 2021.
A Marcha da Bica ficou classificada em terceiro terceiro lugar, tendo sido a vencedora da edição de 2023.
São Vicente e Alcântara ganharam nas categorias de Melhor Coreografia e Melhor Cenografia, respetivamente. A distinção da Melhor Letra foi para Alcântara, marcha que partilhou o prémio de Melhor Musicalidade com a do Bairro Alto, da Bica e de Marvila. Na categoria de Melhor Composição Original, a vencedora foi a Bica, com “Meia porta, porta e meia”. O Melhor Desfile na Avenida foi para as marchas do Bairro Alto, Bica e Madragoa.
Abaixo seguem as classificações de todas as marchas, com algumas a empatarem o lugar conseguido.
1.º Marcha de Alcântara
1.º Marcha do Bairro Alto
3.º Marcha da Bica
4.º Marcha de Alfama
5.º Marcha da Madragoa
6.º Marcha de Marvila
7.º Marcha de São Vicente
8.º Marcha do Alto do Pina
9.º Marcha da Mouraria
10.º Marcha da Penha de França
11.º Marcha da Bela Flor-Campolide
11.º Marcha de Carnide
13.º Marcha do Bairro da Boavista
13.º Marcha do Castelo
15.º Marcha de Benfica
16.º Marcha dos Olivais
17.º Marcha do Beato
18.º Marcha da Graça
19.º Marcha do Lumiar
20.º Marcha de São Domingos de Benfica
Classificações especiais:
Melhor Coreografia: Marcha de São Vicente
Melhor Cenografia: Marcha de Alcântara
Melhor Figurino: Marcha de Alcântara e Marcha de São Vicente
Melhor Letra: Marcha de Alcântara
Melhor Musicalidade: Marcha de Alcântara, Marcha do Bairro Alto, Marcha da Bica e Marcha de Marvila
Melhor Composição Original: Meia porta, porta e meia, Marcha da Bica
Melhor Desfile na Avenida: Marcha do Bairro Alto, Marcha da Bica e Marcha da Madragoa
Imagens: lisboa.pt e informacao.lisboa.pt
Os Temas Vencedores
Alcântara
Num toque de mestre, Alcântara traz a mística do sete, mostrando que o 7 é mais do que um simples número: é um elo mágico entre o passado e o presente, juntando a tradição e a modernidade. A música fala das sete colinas da cidade, das sete saias que rodopiam ao vento e dos sete dias da semana que tecem o ritmo da vida.
A Marcha de Alcântara é organizada pela Sociedade Filarmónica Alunos Esperança e tem como responsável Francisco Ferreira. Os ensaiadores são Mafalda Matos e Vítor Kpez e Renato Godinho é o figurinista e cenógrafo. Foi apadrinhada por Pedro Granger e Ana Sofia Cardoso e teve como mascotes Dânia Duarte e José Tomás Ramos.
As marchas inéditas apresentadas foram "Alcântara somos todos nós", de David Ferreira e Jorge Ramos (letra) e João Aborim (música e arranjos); e "Alcântara, bairro místico de Lisboa", com letra de David Ferreira e Jorge Ramos, e música e arranjos de Carlos Dionísio. A terceira marcha apresentada foi "Alcântara vem cantar", de Silva Nunes (letra), Jorge d’Ávila (música) e Carlos Dionísio (arranjos).
Bairro Alto
O Bairro Alto homenageou o tempo com o tema "Onde o tempo guarda histórias", representando a passagem das eras e a preservação do conhecimento através do tempo.
Cada história, pensamento e criação humana são protegidos por guardiões simbólicos: os alfarrabistas, que guardam essas memórias nos livros.
A Marcha do Bairro Alto é organizada pelo Lisboa Clube Rio de Janeiro e tem como responsável Vítor Silva. Os ensaiadores são Dino Carvalho e Carla Fonseca e o figurinista Paulo de Miranda. A cenografia ficou a cargo de Fábio Carmelo, João Esteves, José Alberto e José Condessa. Os padrinhos foram Sónia Brazão e Luís Borges e as mascotes Denis Santos e Vitória Freitas.
As marchas inéditas apresentadas foram "Passa o tempo, troca o passo", de Joana Dionísio (letra) e Carlos Dionísio (música e arranjo); e "Conta lá como é que é?", de José Condessa (letra) e Carlos Pinto (música e arranjo).
Os Padrinhos Famosos e os Padrinhos Vencedores
As Marchas de Alcântara e do Bairro Alto conquistaram, em ex-aequo o primeiro lugar das Marchas Populares 2025.
A primeira foi apadrinhada por Ana Sofia Cardoso e por Pedro Granger e revalidou o título conseguido o ano passado. A segunda, foi apadrinhada por Sónia Brazão e por Luís Borges e não vencia desde 2021.
Saiba, agora, quem foram os padrinhos das restantes Marchas.
- Marcha de Marvila: Matay e Luciana Abreu:
- Marcha da Boavista: Daniel Gregório e Liliana Filipa;
- Marcha da Graça: João Ricardo e Joana Diniz;
- Marcha do Castelo: Gonçalo Quinaz e Joana Machado Madeira;
- Marcha de Alfama: José Figueiras e Raquel Tavares;
- Marcha de Carnide: Luís Simões e Inês Lopes Gonçalves;
- Marcha de Benfica: Francisco Beatriz e Margarida Moreira;
- Marcha de São Domingos de Benfica: Heitor Nunes e Jéssica Vieira;
- Marcha da Bela Flor Campolide: Ricardo e Sónia Landum;
- Marcha da Madragoa: Bruno Cabrerizo e Ana Garcia Martins;
- Marcha do Alto do Pina: Diogo Fernandes e Blaya;
- Marcha do Beato: João Batista e Mónica Sofia;
- Marcha de São Vicente: Vasco Pereira Coutinho e Ana Brito e Cunha;
- Marcha da Penha de França: Rui Andrade e Salomé Caldeira;
- Marcha dos Olivais: Paulo Battista e Sara Norte;
- Marcha da Bica: Ricardo Guedes e Lili Caneças;
- Marcha da Mouraria: Duarte Siopa e Joana Alvarenga;
- Marcha do Lumiar: Flávio Furtado e Yola Dinis;
- Marcha da Santa Casa da Misericórdia (não participou no concurso): Pedro Crispim e Liliana Santos.
Imagens: Correio da Manhã
Imagens: Facebook Marchas Populares
Descer a avenida é daquelas experiências que trazemos no coração para sempre!
Carlos Moedas (presidente da CML) em declarações à RTP disse que foi "O dia mais bonito da cidade”.
Referiu que “foi um dia incrível, cheio de emoção (...) é uma cidade linda, Lisboa é incrível. Esta é a nossa identidade, e é impossível não nos comovermos durante este dia", acrescentou o autarca.
“Estamos aqui com uma energia incrível e é esta energia que define a Alma de Lisboa, a nossa alma é esta gente toda”.
Já o Presidente da República - Marcelo Rebelo de Sousa - destacou o peso fundamental dos bairros em noite de Marchas Populares de Lisboa, uma tradição que descreveu como "única e cada vez mais viva". Marcelo considerou que "os bairros são essenciais e que as pessoas não vivem sozinhas, não são ilhas, vivem em comunidades. Os bairros são comunidades com um peso fundamental", destacou. O chefe de Estado frisou ainda que as marchas populares são uma tradição única.
Entre muito caldo verde, sardinhas a pingar no pão e um bom copo de sangria, aproveitemos para desfrutar durante o mês de junho da época dos santos populares.
Pode saber mais sobre a organização do evento na revista das Marchas Populares neste link.
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